No Dia de Mobilização da CUT, bancários combatem demissões no Itaú
06/07/2011 - Por Bancários CGR
No Dia Nacional de Mobilização da CUT, bancários do Itaú Unibanco estão  mobilizados em todo o país nesta quarta-feira, dia 6, para o Dia  Nacional de Luta. As manifestações acontecem contra as demissões que vêm  ocorrendo. 
 
 Veja aqui publicação especial elaborada pela Contraf-CUT que está sendo  distribuída aos bancários do Itaú Unibanco pelas federações e  sindicatos.
 
 "Os bancários estão com medo de perder seus empregos, especialmente após  a entrevista de Roberto Setúbal à revista Exame em que ele afirma que  `é hora de cortar`", afirma Jair Alves, um dos coordenadores da Comissão  de Organização dos Empregados (COE) do Itaú Unibanco, órgão que  assessora a Contraf-CUT nas negociações com o banco. "Os bancários  enfrentam péssimas condições de trabalho, pressão constante por metas  elevadas e sobrecarga de serviço que levam ao adoecimento", diz.
 
 O presidente do Itaú Unibanco, Roberto Setúbal, declarou publicamente na  época da fusão entre Itaú e Unibanco, em 2008, que não aconteceriam  demissões. O movimento sindical participou de diversas mesas de  negociações, inclusive na última que aconteceu dia 19 de abril, e  recebeu a promessa do banco de que o emprego seria garantido. Se  oficialmente as demissões em massa estão descartadas, na prática a  história é outra. 
 
 Agora, reportagem da Exame Finanças, na edição do dia 15 de junho,  comprova que o Itaú Unibanco iniciou um duro programa de corte de custos  e reorganização interna "para atingir o grau de eficiência que seus  acionistas esperam". 
 
 As demissões estão ocorrendo em todos os setores do banco. Apenas nos  meses de abril e maio, de acordo com a revista, cerca de 350  profissionais deixaram o banco, a maioria deles pertencente à área de  crédito ao consumidor, que engloba a financeira e o segmento de cartões  de crédito. 
 
 Segundo a revista Exame, comenta-se no banco que mais bancários serão  demitidos quando for fechado o centro de processamento de dados do  Unibanco, previsto para ocorrer até o fim do ano. "Com lucro recorde de  R$3,53 bilhões no primeiro trimestre de 2011, as demissões são  injustificáveis", avalia o dirigente sindical. 
 
 As entidades sindicais denunciam que as demissões vêm piorando as  condições de trabalho. Para suprir a demanda dos clientes, trabalhadores  estão sendo sobrecarregados, além de conviverem com desvios de função e  o fantasma da terceirização. Os sindicatos estão recebendo denúncias de  que gerentes operacionais estão deixando suas funções para assumir  atendimento nos caixas. "A política do banco também prejudica a  clientela, que sofre com filas e ainda paga tarifas elevadas. Isso tem  que mudar", sustenta Jair.
 
 Outro tema que está na pauta das mobilizações é o reajuste do Plano de  Saúde dos funcionários da empresa. "O aumento foi feito pelo banco de  forma unilateral. Tentamos negociar mas o movimento sindical não foi  escutado", conclui Jair.
Fonte: Contraf-CUT
