No quarto dia de greve nacional, bancários paralisam 7.865 agências
01/10/2011 - Por Bancários CGR
A greve nacional dos bancários cresce ainda mais em todo o país. Nesta sexta-feira (30), quarto dia de paralisações, a categoria parou 7.865 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados em 25 estados e no Distrito Federal. O balanço foi feito pela Contraf-CUT, a partir dos dados enviados pelos sindicatos até as 18h30.
O movimento vem aumentando desde a sua deflagração na terça-feira (27). O único estado sem greve continua sendo Roraima, porém os bancários já decidiram paralisar a partir da próxima segunda-feira (3).
O dia foi marcado por novas passeatas e manifestações dos bancários em conjunto com os trabalhadores dos Correios, que aumentaram nos últimos dias em diversas capitais dos estados. "A unidade dos bancários e dos trabalhadores dos Correios é uma resposta ao silêncio dos bancos e do governo. O melhor caminho é o da negociação com proposta decente para que possa ser apresentada aos trabalhadores", avalia o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro.
"O Brasil é um dos países com maior desigualdade entre os salários. Aqui, um executivo de banco chega a ganhar 400 vezes a renda de um bancário que recebe o piso da categoria. É preciso mudar essa situação, que contribui para que mantenhamos uma vergonhosa posição entre as dez nações mais desiguais do planeta", sustenta o presidente da Contraf-CUT.
A Fenaban ainda não entrou em contato com a Contraf-CUT, que coordena o Comando Nacional dos Bancários, para retomar as negociações. "Enquanto os bancos não apresentarem uma proposta decente, a greve seguirá crescendo em todo o país. Permanecemos à disposição para dialogar com o objetivo de construir um acordo que atenda às reivindicações da categoria. A retomada das negociações depende dos bancos e do governo", sustenta Cordeiro.
Os bancários entraram em greve após rejeitarem a proposta de reajuste de 8% sobre os salários. Os trabalhadores reivindicam reajuste de 12,8% (5% de aumento real), valorização do piso, maior Participação nos Lucros e Resultados (PLR), mais contratações, fim da rotatividade, fim das metas abusivas e do assédio moral, mais segurança, igualdade de oportunidades e melhoria do atendimento aos clientes.
Fonte: Contraf-CUT