Resolução do BC é absurda, impertinente e facciosa
08/06/2011 - Por Bancários CGR
Em artigo publicado nesta quarta 8, o colunista da Folha de S.Paulo Elio Gaspari classifica como absurda, impertinente e facciosa a resolução do Banco Central (BC) sobre cédulas manchadas com dispositivo antifurto. Para o jornalista, as medidas estão a serviço da banca ou seja, dos bancos , em prejuízo da população.
> Cidadão não será ressarcido por cédula marcada
O jornalista criticou particularmente a recomendação do diretor de administração do BC, Altamir Lopes, para que o cidadão procure uma delegacia e registre um Boletim de Ocorrência, caso saque uma nota manchada fora do horário de expediente das agências. Querem impor à clientela a obrigação de batalhar numa delegacia pela recuperação de um valor que lhe pertence, conclui.
A recomendação, segundo Gaspari, é demófoba, contrária ao povo, pois os mais lesados serão os de menor poder aquisitivo, para os quais uma nota de R$ 20 ou R$ 50 significa uma refeição. O colunista comenta ainda que levada ao pé da letra, a recomendação deveria pedir que se fizesse um BO para que o banco explicasse por que colocou notas manchadas no seu caixa. A Febraban, ressalta, endossou as medidas do BC e perdeu a oportunidade de defender os depositantes.
O colunista usa dados como número de caixas eletrônicos no país (180 mil) e a probabilidade de o cliente receber uma nota manchada (3 em 10 milhões segundo ele) para chegar ao cálculo de aproximadamente R$ 10 mil em cédulas marcadas despejadas diariamente pelos terminais de autoatendimento, montante que, lembra ele, não levaria nenhum banco à falência.
Gaspari destaca ainda que a medida, além de prejudicar o povo, nem deve cumprir seu objetivo, já que, segundo a polícia, os bandidos já teriam técnicas para limpar a tinta derramada nas notas.
Fonte: Contraf_CUT/Redação