Além de enfrentarem a sobrecarga do trabalho, a cobrança de metas abusivas, os trabalhadores bancários vêm travando uma dura batalha contra o adoecimento mental, provocado por tratamentos grosseiros protagonizado por clientes e/ou usuários das instituições financeiras. 

Não é de hoje que o Sindicato tem recebido relatos de maus-tratos por partes de clientes aos trabalhadores em trabalho presencial e também no home office. Essa é uma realidade de todos os Bancos e que tem crescido nos últimos anos, em especial neste período pandêmico, onde os bancários precisaram se reinventar com a nova realidade nos locais de trabalho.

Em todo o país muitos trabalhadores chegam a ser afastados de suas funções, após adquirir doenças mentais, diante as agressões verbais, humilhações, ameaças e constrangimentos ocasionados pela postura intransigente do cliente. 

Infelizmente, na maioria das vezes, os Bancos se omitem diante dessas agressões, deixando os seus funcionários desamparados, já que não existe nenhum canal de apoio e nem tão pouco orientações normatizadas para essas situações.

Para o movimento sindical, as instituições financeiras e, principalmente, os gestores das unidades têm a obrigação de ouvir o funcionário, analisar cada caso e defendê-los quando estiverem certos. A máxima de que “o cliente sempre tem razão” não é verdadeira.

Os bancários necessitam de um suporte adequado para casos dessa natureza e merecem ser melhor acolhidos, haja vista que é dever do empregador assegurar condições dignas de trabalho aos seus funcionários.

Cadê a responsabilidade social dos Bancos com os seus empregados? Que são diretamente responsáveis pelos seus altos lucros? Enquanto promovem um marketing enganoso, fingindo se importar com pessoas e causas sociais, os Bancos deixam de cumprir essa missão com os seus próprios funcionários.

Fonte: Seeb_CGR