Os bancários participaram nesta quarta-feira 31 de manifestação que tomou a rampa de acesso ao Banco Central e paralisou temporariamente o trânsito do Eixinho L. O ato foi promovido pela UNE (União Nacional dos Estudantes), com o apoio da CUT, além de outras entidades, em defesa da redução das taxas de juros e pela ampliação dos investimentos em políticas públicas e programas sociais e, principalmente, na educação.

O Conselho de Política Monetária (Copom), reunido desde esta terça, anuncia nesta quarta se reduz a taxa Selic ou a mantém como está.

Estudantes e trabalhadores lavaram a rampa do Banco Central e depois seguiram em marcha até o Congresso Nacional. “Há mais de 15 anos temos 7% do PIB (Produto Interno Bruto) na mão de banqueiros e especuladores e queremos que 10% desse PIB sejam investidos na educação”, afirma Artur Henrique, presidente da CUT.

 

“A redução da taxa de juros cobrada pelos bancos é boa para a população e beneficia clientes e usuários. Isso é uma luta histórica do movimento bancário e está entre as reivindicações da nossa Campanha Nacional 2011, por isso apoiamos movimentos em favor de demandas como essa”, diz Edmilson Lacerda, diretor do Sindicato.

O protesto também reivindicou mais assistência para os estudantes e melhoria das escolas em todos os níveis de ensino, além do investimento de 50% do fundo social do Pré-Sal para a educação. “Mais investimento na educação se refletirá em mais conhecimento, melhor qualificação e tantos outros avanços para a população e para o país”, completa Roberto Alves, diretor do Sindicato.

Pressão

Este é o segundo ato contra decisões do Banco Central somente neste mês. No dia 16 de agosto, cerca de 700 bancários de várias regiões do país promoveram uma lavagem da rampa principal de acesso à instituição num ato simbólico de descarrego contra as resoluções que ampliam as funções dos correspondentes e precarizam o trabalho bancário.

Fonte: Seeb-DF