Após quase dois anos de negociações paralisadas, as entidades sindicais retomaram com o Santander nesta quinta-feira (4) o Grupo de Trabalho (GT) para discutir o processo eleitoral do SantanderPrevi, que está suspenso por decisão judicial.
"Nós estamos reivindicando um processo eleitoral democrático e transparente e que contemple de verdade os princípios de governança, o que não ocorre no caso do SantanderPrevi", explica Camilo Fernandes, diretor da Contraf-CUT e presidente da Afubesp, que está coordenando o grupo de trabalho.
Maria Rosani, diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo e coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, relata que essa foi a primeira reunião após a assinatura do acordo aditivo.
Os dirigentes sindicais deixaram claro ao banco que nesse GT o que será discutido é exclusivamente o processo eleitoral, como está previsto na cláusula 37ª do aditivo.
De acordo com a cláusula, "as partes estabelecem um Grupo de Trabalho transitório que discutirá, de forma conjunta, a possibilidade de alteração do processo eleitoral existente e o encerramento das ações movidas em face do SantanderPrevi com esta finalidade".
Na abertura dos trabalhos, Rosani também cobrou seriedade por parte dos negociadores do banco e ressaltou que já se passou muito tempo desde a constatação do problema. "Estamos dispostos a resolver em definitivo a questão na mesa de negociação", acrescenta a dirigente.
Os bancários estão representados no GT pelos dirigentes sindicais Camilo Fernandes e Maria Rosani, de São Paulo, Paulo Garcez, do Rio de Janeiro, Orlando Puccetti, do ABC, e Patricia Delgado, de Campinas. As próximas reuniões do GT estão previstas para os dias 27 de janeiro, 3 e 10 de fevereiro de 2015.
Contraf-CUT