Botín descarta que nomeações representam mudança de política do Santander

04/11/2010 - Por Bancários CGR

O presidente mundial do Grupo Santander, Emilio Botín, ressaltou nesta quinta-feira (4), em São Paulo, que as nomeações dos novos responsáveis para filial britânica, Ana Patricia Botín, e de Banesto, Antonio Basagoiti, não representarão mudança na política do banco "nem no Reino Unido e tampouco na Espanha".

"Para o Santander é estratégico ter duas marcas na Espanha", disse Botín, em referência ao Banesto, durante a entrevista coletiva convocada para apresentar a unificação das marcas do banco no Brasil (Santander e Real).

Emilio Botín destacou que a forma de abordar as duas mudanças "demonstra a rapidez de atuação do Banco Santander". "Em dois dias tomamos medidas oportunas", acrescentou.

O presidente do Santander disse que Ana Patricia Botín, até agora presidente do Banesto, é "pessoa idônea" e a "melhor candidata" para dirigir a filial no Reino Unido, como acordou "por unanimidade" a comissão executiva do banco.

"Pensamos por unanimidade na comissão executiva que Ana Patricia Botín era a pessoa idônea. Fez um trabalho muito bom no Banesto", explicou.

Ana Patricia Botín será a conselheira para divisão do Grupo Santander no Reino Unido em substituição a Antonio Horta-Osório, que será o primeiro executivo do banco britânico Lloyds.

Seu posto à frente do Banesto será ocupado por Antonio Basagoiti, ex-presidente da companhia elétrica Unión Fenosa (agora integrada a Gás Natural) e conselheiro do Santander.

Botín elogiou o trabalho do até agora responsável do banco no Reino Unido, António Horta-Osório. "É um grande profissional, gosta de desafios e tenho certeza que fará um grande trabalho no Lloyds", assinalou.

Emilio Botín antecipou que irá ao Catar na próxima semana para aprofundar o acordo assinado com o Qatar Holding, entidade com 5% em Santander Brasil.

Neste ponto, explicou que o banco tem em caixa US$ 2,8 bilhões de bônus conversíveis assinados pelo Qatar Holding.

O presidente do Santander garantiu que o banco sente-se "muito cômodo" com as novas exigências de capital colocadas pelos reguladores financeiros internacionais, conhecidas como Basiléia III.

Neste sentido, lembrou que o Santander prevê fechar neste ano com "core capital" (ativos de máxima qualidade) de 8,6%, contra 8,5% do terceiro trimestre, e alcançar 9% em 2011.


Fonte: Contraf/CUT com EFE

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