Para a Campanha Nacional 2011, os bancários elegeram como prioridade a melhoria nas condições de trabalho e o respeito à saúde, com o fim das metas abusivas. Também reivindicam mais contratações para aliviar a sobrecarga de serviço e o acúmulo de funções. Mas a proposta dos bancos apresentada na última sexta-feira, 23, não mencionou nenhum desses itens.

Segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego, de janeiro a agosto de 2011 o Brasil gerou mais de 1,8 milhão de novos postos de trabalho. Os bancos, setor campeão de lucratividade, responderam por apenas 1% deste total.

O presidente do Sindicato dos Bancários de Campina Grande e Região (Seeb-CGr), Rostand Lucena, explicou que a sobrecarga dos funcionários é conseqüência da falta de contratações. “Além disso, o problema da rotatividade que tanto aflige os trabalhadores gera ainda mais lucro para os bancos, que sempre demite os que ganham salários mais altos”, ressaltou o presidente.

Junto com o acúmulo do trabalho decorrente desse triste cenário, está a gigantesca pressão gerada pelas metas abusivas. “É algo desumano, precisamos nos unir contra essas práticas tão antigas. Nossas reivindicações são justas”, pontuou Rostand.

Fonte: Seeb-CGr com Seeb-SP