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Campanha Nacional: nesta quinta-feira, 11, tem negociação e tuitaço sobre Igualdade de Oportunidades

09/07/2024

Ação nas redes se concentrará das 9h às 11h, com a hashtag #JuntosPorIgualdade: relatório do Dieese mostra que mulheres bancárias ganham em média 22% menos que os homens bancários

Nesta quinta-feira, 11, o Comando Nacional dos Bancários volta a se reunir com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), desta vez para debater Igualdade de Oportunidades. Bancárias e bancários reivindicam o fim das distorções salariais entre gêneros, o combate ao preconceito e condições igualitárias nos processos de ascensão dentro dos bancos, para que mulheres, pessoas com deficiência (PCDs), negros, negras e LGBTs tenham maior representatividade nos cargos de liderança.

Durante a mesa, e como tem sido em todas as rodadas de negociação, bancárias e bancários também estarão mobilizados nas redes sociais. O tuitaço (na rede X) ocorrerá das 9h às 11h com a hashtag #JuntosPorIgualdade. Participe!

O encontro faz parte das negociações da Campanha Nacional de 2024, para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria. "O que nós queremos é promover um ambiente de trabalho inclusivo e com respeito, combatendo as distorções do preconceito, da discriminação que nós vemos na sociedade. Com isso, possibilitar a inclusão, o acesso ao emprego bancário e a ascensão profissional, sem a interferência desses preconceitos estabelecidos na sociedade", destacou a coordenadora do Comando Nacional dos Bancários e presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira.

A secretária da Mulher da Contraf-CUT e coordenadora da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), Fernanda Lopes, completou que apesar de as mulheres representarem cerca de 50% do quadro, essa proporção não se reflete nos espaços de gerência e de comando na instituição. “E essas distorções são mais aprofundadas em relação a raça, orientação sexual e identidade de gênero”, destacou, lembrando que, por causa do preconceito e violência, "pessoas trans têm elevada dificuldade de conseguir ocupações e possuem expectativa média de 35 anos de vida no Brasil".

Distorções - Relatório do Dieese mostra que mulheres bancárias ganham, em média, 22% menos que os homens bancários. Mulheres negras bancárias têm remuneração média 38% inferior à remuneração média dos homens brancos que são bancários. A média de remuneração na categoria bancária é R$ 8.082. A partir do recorte racial, o Dieese mostra que, homens brancos estão no topo, com remuneração média de R$ 9.570, seguidos dos homens negros (R$ 7.526), mulheres brancas (R$ 7.401) e mulheres negras (R$ 5.950).

PCDs e LGBTs - Também com base na RAIS, o relatório do Dieese apontou que a proporção de trabalhadores com deficiência contratados representa apenas 4% da categoria. Em relação às trabalhadoras e trabalhadores que fazem parte da comunidade LGBT, não existem dados atualizados e não é possível o levantamento a partir da RAIS. O último levantamento a respeito foi realizado pela Febraban em 2014, quando cerca de 15% da categoria havia informado, na época, que não se identificava como heterossexual.

Veja conquistas ligadas à igualdade de oportunidades já obtidas por bancárias e bancários:

  • 2002 - Inclusão do tema igualdade de oportunidade nas mesas de negociação
  • 2008 - Conquista do primeiro Censo da Diversidade
  • 2009 - Licença-maternidade de 180 dias e extensão dos parceiros do mesmo sexo nos planos de saúde
  • 2010 - Inclusão da cláusula que criou o programa de combate ao assédio moral
  • 2012 - Conquista do 2º Censo da Diversidade
  • 2016 - Licença-paternidade de 20 dias
  • 2017 - Reconhecimento do direito de uso do nome social no crachá e nos sistemas dos bancos
  • 2018 - 3º Censo da Diversidade
  • 2020 - Programa de prevenção à violência doméstica e familiar contra bancárias, incluindo a criação de canais de acolhimento, orientação e auxílio às mulheres em situação de violência doméstica e familiar
  • 2022 - Cláusula que estabelece programa de combate ao assédio sexual nos bancos

Saiba mais sobre as primeiras negociações com a Fenaban:

Comando Nacional cobra dos bancos garantia de empregos e ultratividade do acordo

Trabalhadores cobram da Fenaban implementação de jornada reduzida

 

Fonte: Seeb-CGR com Contraf-CUT
 

 

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