- – Comunicação preventiva sobre os cuidados a serem tomados por todos, para evitar notícias erradas ou inverídicas;
- – Adoção do teletrabalho e, nos casos em que isso não for possível, a antecipação das férias;
- – Suspensão das demissões;
- – Suspensão da cobrança de metas;
- – Controle de acesso às agências, para que não haja aglomerações;
- – Suspensão temporária das atividades de agências em áreas de risco, como aeroportos e hospitais;
- – Reforço nos procedimentos de limpeza dos locais de trabalho;
- – Transparência das informações com os trabalhadores e os sindicatos;
- – Adoção de quarentena para bancários que voltarem de viagem ao exterior;
- – Retirada dos bancários do serviço no autotendimento;
- – Antecipação da campanha de vacinação da gripe, como forma de facilitar a identificação dos casos de coronavírus.
Alguns procedimentos os bancos já passaram a adotar após o ofício enviado pelo Comando dos Bancários, como a comunicação preventiva; o reforço na limpeza e a adoção da quarentena para aqueles que retornem de viagens ao exterior. Sobre a antecipação da campanha de vacinação, disseram que dependem de tramites com a Receita Federal e a Anvisa, mas que já conseguiram antecipar o início, que seria no dia 22 de abril para o dia 15 de abril, mas que vão tentar negociar com os órgãos para antecipar ainda mais.
Os representantes dos bancos também disseram que existe sensibilidade com as demais reivindicações e as mesmas serão levadas como recomendação para serem adotadas por todos os bancos.
“Com relação à adoção do teletrabalho para pessoas do grupo de risco e grávidas, não queremos que seja uma recomendação da Fenaban aos bancos, mas sim uma determinação. E quando não for possível o teletrabalho, que sejam liberadas, ou antecipadas as férias”, disse Juvandia. “Sugerimos aos bancários que fazem parte destes grupos, que solicitem essa alternativa e se não forem atendidos que entrem em contato com seus sindicatos”, completou.
Os sindicatos também foram orientados a comunicar ao Comando casos concretos que possam ser tratados pelo comitê de crise, como bancários que tenham suspeitas de infecção pelo vírus, mas estão sendo obrigados a trabalhar pelo gestor de sua unidade.
“Os sindicatos vão acompanhar os procedimentos da Fenaban, procurar cada um dos bancos e cobrar a implementação das propostas apresentadas pela Comando. É importante que os bancários mantenham contato com os sindicatos para que estes cobrem dos bancos a solução para cada um dos problemas que aparecerem”, concluiu a presidenta da Contraf-CUT
Garantia da ultratividade da CCT
Dada a necessidade de suspensão das conferências regionais, estaduais e nacional, além dos congressos e encontros específicos dos trabalhadores de cada banco, para evitar aglomerações e a propagação da doença, o Comando Nacional dos Bancários solicitou a ultratividade dos direitos garantidos na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria, que vence em 31 de agosto de 2020.
“É importante tanto para os bancários, quanto para os bancos que nossa Campanha Nacional seja representativa e garanta o direito de participação de todos. Nossas conferências começariam agora, mas assim como cobramos dos bancos, nós também temos que nos somar ao esforço para garantir a saúde da categoria”, explicou Juvandia.
A Fenaban vai levar o tema para ser debatido com os bancos e dará resposta ao Comando Nacional assim que possível.
Defesa do SUS
Após o fim da reunião com a Fenaban, o Comando Nacional dos Bancários permaneceu reunido e destacou a importância da defesa do Sistema Único de Saúde (SUS) e da revogação da Emenda Constitucional 95/2016, que limita os investimentos públicos nas áreas da saúde, educação e diversas outras políticas sociais.
“Neste momento de crise, os hospitais particulares estão se recusando a atender e a realizar testes em pacientes com suspeita de coronavírus. A situação no país só não está ainda pior porque temos o SUS. Precisamos defender e lutar por mais verbas para a Saúde, assim como a pesquisa científica”, criticou Juvandia. “A Emenda Constitucional 95 precisa ser revogada”, concluiu.