Economista do Dieese avalia economia e destaca avanços nas negociações

11/07/2012 - Por Bancários CGR

Um dos momentos importantes da 14ª Conferência Estadual dos Bancários do Rio Grande do Sul, ocorrida no sábado (7), em Porto Alegre, foi o painel ministrado pelo coordenador de Relações Sindicais do Dieese, José Silvestre Prado de Oliveira, que abordou o tema "Conjuntura Econômica e Bancos". A mesa dos trabalhos também foi integrada pelo técnico da Subseção do Dieese/Fetrafi-RS, Alex Leonardi, e pelo supervisor técnico do Dieese-RS, Ricardo Franzoi.

Silvestre começou a explanação falando dos impactos da crise financeira mundial, com destaque para a Europa, onde o desempenho das economias se apresenta cada vez mais assimétrico. Em seguida, o palestrante fez uma avaliação da economia brasileira, das negociações coletivas ocorridas no primeiro semestre e dos resultados dos bancos brasileiros.

O economista comentou as medidas do governo federal diante do quadro de desaceleração econômica do país. Ele salientou as formas de reativação da economia, como o Plano Brasil Maior que consiste em estímulos ao setor industrial; os cortes de IOF e IPI; a redução da Selic e dos juros ao consumidor da Caixa e do Banco do Brasil.

"A avaliação interna do governo mostra que o desenvolvimento do país em 2012 é inferior ao ano anterior. A economia não reagiu na proporção que se esperava devido ao efeito da crise econômica internacional", declarou Silvestre.

O economista também comentou os resultados positivos das negociações coletivas. "Os dados estão nos indicando que os acordos feitos nas negociações ocorridas até agora apontam resultados melhores do que os obtidos em 2011", comparou.

Silvestre apresentou números que mostram a evolução do emprego formal dos bancários, que em 2011 chegou a 506.696, segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego. "Esse crescimento é muito lento se for comparado com períodos anteriores. Praticamente estamos na metade do número de bancários de 20 anos atrás, quando a categoria chegava a quase 1 milhão".

Fonte: Contraf-CUT com Fetrafi-RS

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