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Em 12 meses, setor bancário eliminou 3.325 postos de trabalho
25/06/2024
De acordo com os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), o setor bancário eliminou 142 postos de trabalho nos primeiros quatro meses de 2024. No acumulado de doze meses, encerrados em abril, já são 3.325 postos de trabalho fechados pelos bancos.
O saldo negativo do emprego no setor bancário vai na contramão do ramo financeiro como um todo. Quando excluído o setor bancário na análise do emprego no ramo financeiro, verifica-se saldo positivo, de janeiro até abril, com a abertura de 9.160 postos de trabalho, alta de 461% em relação ao mesmo período de 2023. No acumulado de 12 meses, foram criados 24 mil postos de trabalho, média de 2 mil novos empregos por mês.
Um dos destaques do ramo foram as cooperativas de crédito, com a criação de 11,1 mil novos postos de trabalho em 12 meses. Entretanto, o trabalhador da cooperativa de crédito possui uma jornada de trabalho média superior à do bancário, enquanto seu salário inicial médio é 2,2 vezes menor.
Campanha dos Bancários 2024
A primeira mesa de negociações, entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban (federação dos bancos), no âmbito da Campanha Nacional Unificada dos Bancários 2024, mobilização da categoria para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) e dos acordos específicos, será realizada na próxima quarta-feira, 26 de junto, e terá como tema justamente o emprego.
Campanha Nacional: defesa dos empregos é tema de primeira reunião com Fenaban, no dia 26
"Os números do Caged confirmam a tendência dos últimos anos. Observamos com cuidado a extinção de vagas na categoria e a ampliação no restante do ramo financeiro. É fundamental a criação de postos de trabalho, mas é preocupante que as vagas criadas não tenham as mesmas condições das vagas eliminadas. A Campanha Nacional Unificada 2024 estabeleceu uma pauta de reivindicações com emprego decente, melhores condições de trabalho, 4 dias de jornada e a regulamentação do sistema financeiro no intuito de estabelecer garantias de renda e condições laborais mais favoráveis", diz a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários, Neiva Ribeiro.
Fonte: Seeb-SP