Redução das taxas de juros pelos bancos públicos é conquista do povo brasileiro

13/04/2012 - Por Bancários CGR

Reivindicação dos bancários e dos trabalhadores do ramo financeiro, a redução das taxas de juros pelo Banco do Brasil e pela Caixa Econômica Federal é uma conquista da população brasileira. A medida é apoiada pelo Sindicato dos Bancários de Brasília. Com a queda das taxas de juros, os bancos públicos atendem a um apelo do governo federal para a redução dos spreads bancários, que é a diferença entre o que os bancos pagam e cobram de juros.

“Os Sindicatos, que sempre defenderam a redução das taxas de juros, acredita que o crédito mais acessível para a população impulsiona a economia e diminui a espoliação acarretada pelo valor dos empréstimos. Esse é o papel que esperamos dos bancos públicos. Vamos lutar agora para diminuir as metas abusivas, não sustentáveis.

As medidas do BB envolvem desde uma redução de 19% nas linhas para compras de veículos, até a redução do rotativo do cartão de crédito, de uma média de 12,25% para um piso de 3%. Já a Caixa Econômica Federal anunciou reduções de até 88% nas taxas de juros anuais. Para o financiamento de veículos, por exemplo, a taxa mínima pode chegar a 0,98% ao mês.

Bancos privados devem seguir o exemplo

Com as medidas, o governo espera que a concorrência aumente e os bancos privados tenham atitude semelhante.

Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, existem condições para que os bancos brasileiros deixem de ser os "campeões de spread no mundo", referindo-se à diferença entre o custo de captação dos bancos e a taxa efetivamente cobrada ao cliente.

Questionado se a resistência dos bancos privados levará o governo a fazer uma segunda rodada de redução dos juros via bancos públicos, Mantega disse que essa será uma avaliação a ser feita pelas estatais, não descartando a possibilidade.

Ele, no entanto, destacou que o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal possuem margem para ampliar a oferta de crédito. "Os bancos públicos vão avaliar a necessidade do mercado. Eles têm rentabilidade tão alta quanto os bancos privados e baixa inadimplência, portanto, não há risco", garantiu.

Na terça-feira (10), representantes de bancos privados se reuniram com o Ministério da Fazenda, em Brasília, e apresentaram 20 propostas que envolvem desde a diminuição de impostos até a redução do depósito compulsório – dinheiro que os bancos são obrigados a recolher ao Banco Central.

Os bancos privados deveriam seguir o exemplo do Banco do Brasil e da Caixa e reduzir as taxas de juros, como forma de estimular a produção e o consumo para gerar mais empregos e distribuir renda.

Fonte: Seeb-DF

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